Compreendendo o modelo de negócios da Lululemon (LULU)

Publicado por Javier Ricardo


Lululemon Athletica, Inc. (LULU), uma empresa de roupas para ioga e exercícios, é outro exemplo de empresa que obteve sucesso no marketing de um estilo de vida em vez de um produto.
A estratégia de negócios da empresa é baseada na promoção de seus produtos com as marcas “Lululemon Athletica” e “Ivivva Athletica” como degraus para um estilo de vida ativo e agradável. Esta tem sido uma estratégia de sucesso para a Lululemon, pois a empresa pode ter um preço premium para seus produtos. As pessoas estão até mesmo usando os produtos da empresa como roupas da moda e não apenas para fins de exercício.


A Lululemon relatou ganhos do terceiro trimestre de 2018 em 6 de dezembro de 2018. Amparada por essas estratégias, a varejista de roupas esportivas teve receitas de US $ 748 milhões neste trimestre, um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado.
 Enquanto as estratégias da Lululemon ajudaram a estabelecer um nicho para a empresa na indústria de roupas esportivas, nem sempre foi uma jornada tranquila para este varejista canadense fundado por Chip Wilson em 1998.  Lululemon superou seu quinhão de polêmica ao longo do caminho, incluindo quando teve que lembrar seu frágil Luon calças de ioga no início de 2013.

Quais são os produtos da Lululemon?


As ofertas da empresa incluem artigos de vestuário, como calças, tops, shorts e jaquetas, que as pessoas podem usar ao se envolver em atividades físicas, como corrida e ioga.
Além de roupas, a empresa também vende acessórios como bolsas, meias e tapetes para ioga.


Embora os produtos da empresa sejam voltados principalmente para mulheres que buscam um estilo de vida saudável e, ao mesmo tempo, equilibrar uma vida agitada, a empresa expandiu seu alcance ao trazer também homens e jovens para seu seio.
Na verdade, no final de 2015, a empresa abriu sua primeira loja voltada para homens em uma localização de 1.600 pés quadrados no centro de Manhattan.


Como Lululemon ganha dinheiro?


A Lululemon vende seus produtos por meio de uma rede de lojas que possui e opera, bem como diretamente aos clientes por meio de vendas online.
Desde 6 de dezembro de 2018, a empresa opera 426 lojas nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Reino Unido e Cingapura. A  Lululemon acredita que suas lojas ajudam a empresa a se conectar com os clientes e solicitar feedback sobre os produtos, ao mesmo tempo em que reforça sua marca.



Além do e-commerce e vendas digitais, a empresa vende seus produtos para clientes no atacado, como academias de ginástica, academias de ginástica e estúdios de ioga, como forma de aprimorar a imagem de sua marca.
Outras avenidas de vendas incluem vendas de armazém e vendas por showrooms e locais temporários.

De onde vêm os produtos da Lululemon?


A Lululemon terceiriza quase toda a sua produção, com fornecedores no Sudeste Asiático, Sul da Ásia, China e outros países.
Apenas 8% de seus produtos são fabricados na América do Norte, o que a Lululemon vê como uma forma de responder rápida e efetivamente às tendências de mercado em constante mudança.


Quem são os principais concorrentes da Lululemon?


A Lululemon teve sucesso com seu modelo de negócios.
Ainda assim, os investidores devem estar cientes de que a empresa enfrenta uma variedade de riscos, como gostos inconstantes do consumidor e um modelo de negócios fortemente dependente de fornecedores. Além do mais, a Lululemon enfrenta uma concorrência crescente na indústria de roupas esportivas das gigantes do varejo Nike (NKE), Adidas (ADDYY) e Under Armour (UA).

The Bottom Line


O modelo de negócios da Lululemon permitiu à empresa conquistar um nicho para si mesma em um mercado superlotado.
Apesar dos impressionantes lucros trimestrais, a empresa não paga dividendos aos acionistas e retém seus lucros para financiar o crescimento no exterior. À medida que a Lululemon continua a se expandir, no entanto, os investidores devem estar cientes dos riscos que a empresa enfrenta com a forte concorrência, consumidores inconstantes e possíveis problemas com fornecedores.