O que a governança corporativa significa para os resultados financeiros

Publicado por Javier Ricardo

O que é governança corporativa?


Governança corporativa é o sistema de regras, práticas e processos pelos quais uma empresa é dirigida e controlada.
A governança corporativa envolve essencialmente o equilíbrio dos interesses das várias partes interessadas de uma empresa, como acionistas, executivos da alta administração, clientes, fornecedores, financiadores, o governo e a comunidade. Como a governança corporativa também fornece a estrutura para atingir os objetivos de uma empresa, ela abrange praticamente todas as esferas da gestão, desde planos de ação e controles internos até medição de desempenho e divulgação corporativa.


Principais vantagens

  • Governança corporativa é a estrutura de regras, práticas e processos usados ​​para dirigir e administrar uma empresa.
  • A diretoria de uma empresa é a principal força que influencia a governança corporativa.
  • A má governança corporativa pode lançar dúvidas sobre a confiabilidade, integridade e transparência de uma empresa, o que pode afetar sua saúde financeira.

Compreendendo a governança corporativa


Governança refere-se especificamente ao conjunto de regras, controles, políticas e resoluções implementadas para ditar o comportamento corporativo.
Os conselheiros procuradores e acionistas são partes interessadas importantes que afetam indiretamente a governança, mas não são exemplos da governança em si. O conselho de administração é fundamental na governança e pode ter ramificações importantes para a avaliação patrimonial.


A governança corporativa de uma empresa é importante para os investidores, pois mostra a direção e a integridade dos negócios da empresa.
A boa governança corporativa ajuda as empresas a construir a confiança dos investidores e da comunidade. Como resultado, a governança corporativa ajuda a promover a viabilidade financeira, criando uma oportunidade de investimento de longo prazo para os participantes do mercado.


A comunicação da governança corporativa de uma empresa é um componente-chave das relações com a comunidade e com investidores.
No site de relações com investidores da Apple Inc., por exemplo, a empresa descreve sua liderança corporativa – sua equipe executiva, seu conselho de administração – e sua governança corporativa, incluindo seus estatutos de comitês e documentos de governança, como estatutos, diretrizes de propriedade de ações e artigos de incorporação.


A maioria das empresas se esforça para ter um alto nível de governança corporativa.
Para muitos acionistas, não basta que uma empresa seja meramente lucrativa; também precisa demonstrar boa cidadania corporativa por meio de consciência ambiental, comportamento ético e práticas sólidas de governança corporativa. A boa governança corporativa cria um conjunto transparente de regras e controles nos quais acionistas, conselheiros e diretores têm incentivos alinhados.

Governança Corporativa e Conselho de Administração


O conselho de administração é a principal parte interessada direta que influencia a governança corporativa.
Os conselheiros são eleitos pelos acionistas ou nomeados por outros membros do conselho e representam os acionistas da empresa. O conselho tem a tarefa de tomar decisões importantes, como nomeações de diretores corporativos, remuneração de executivos e política de dividendos. Em alguns casos, as obrigações do conselho vão além da otimização financeira, como quando as resoluções dos acionistas exigem que certas preocupações sociais ou ambientais sejam priorizadas.


Os conselhos costumam ser compostos por membros internos e independentes.
Insiders são os principais acionistas, fundadores e executivos. Os conselheiros independentes não compartilham os laços com os insiders, mas são escolhidos por causa de sua experiência na gestão ou direção de outras grandes empresas. Os independentes são considerados úteis para a governança porque diluem a concentração de poder e ajudam a alinhar os interesses dos acionistas aos dos insiders.


O conselho de administração deve garantir que as políticas de governança corporativa da empresa incorporem a estratégia corporativa, a gestão de riscos, a responsabilidade, a transparência e as práticas comerciais éticas.

Má Governança Corporativa


A má governança corporativa pode lançar dúvidas sobre a confiabilidade, integridade ou obrigação de uma empresa para com os acionistas – tudo o que pode ter implicações na saúde financeira da empresa.
Tolerância ou apoio a atividades ilegais pode gerar escândalos como o que abalou a Volkswagen AG a partir de setembro de 2015. O desenvolvimento dos detalhes de “Dieselgate” (como veio a ser conhecido o caso) revelou que, durante anos, a montadora havia deliberado e sistematicamente equipou equipamentos de emissão de motores em seus carros para manipular os resultados dos testes de poluição, na América e na Europa. A Volkswagen viu suas ações caírem quase metade de seu valor nos dias seguintes ao início do escândalo, e suas vendas globais no primeiro mês completo após a notícia caíram 4,5%.


A preocupação do público e do governo com a governança corporativa tende a aumentar e diminuir.
Freqüentemente, porém, revelações altamente divulgadas de prevaricação corporativa reavivam o interesse pelo assunto. Por exemplo, a governança corporativa tornou-se uma questão premente nos Estados Unidos, na virada dos 21
st século, após a práticas fraudulentas falência empresas de alto perfil, como Enron e WorldCom. Isso resultou na aprovação, em 2002, da Lei Sarbanes-Oxley, que impôs requisitos de manutenção de registros mais rígidos às empresas, junto com penalidades criminais severas por violá-las e outras leis de valores mobiliários. O objetivo era restaurar a confiança do público nas empresas públicas e em como elas operam.


Outros tipos de más práticas de governança incluem:

  • As empresas não cooperam suficientemente com os auditores ou não selecionam auditores com escala apropriada, resultando na publicação de documentos financeiros espúrios ou não conformes.
  • Pacotes ruins de remuneração de executivos não criam um incentivo ideal para executivos corporativos.
  • Conselhos mal estruturados tornam muito difícil para os acionistas destituir titulares ineficazes.