Microsoft aquece para o antigo rival Linux

Publicado por Javier Ricardo


Na segunda-feira, a gigante da tecnologia legada Microsoft Corp. (MSFT) anunciou que usará o sistema operacional Linux, não seu próprio sistema operacional Windows, para novos recursos de segurança para dispositivos de Internet das Coisas (IoT) conectados à web.
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A decisão marca a primeira vez que o gigante da TI distribuirá sua própria versão do Linux, um sistema operacional de código aberto que a Microsoft já viu como um “câncer” e a maior ameaça ao domínio de seu software Windows.
A notícia veio como parte do anúncio maior da empresa sediada em Redmond, Washington, revelando o Azure Sphere, uma nova tecnologia projetada para proteger os minúsculos processadores que servem como a espinha dorsal dos dispositivos conectados, como aparelhos inteligentes, brinquedos conectados e outros dispositivos. 


Para capacitar o Azure Sphere, a Microsoft desenvolveu uma versão personalizada do Linux que busca proteger bilhões de novos endpoints adequados para os cibercriminosos.
“Após 43 anos, este é o primeiro dia em que anunciamos – e distribuiremos – um kernel Linux personalizado”, afirmou o presidente da Microsoft, Brad Smith, em um evento em San Francisco. 

CEO: ‘Microsoft Loves Linux’ 


Embora a revolução da IoT tenha tomado de assalto o setor de tecnologia, as ofertas de segurança cibernética demoraram a acompanhar a tendência.
O Linux fará parte da abordagem multifacetada da Microsoft para tornar suas ofertas de IoT mais seguras para os clientes, usando hardware, software e nuvem. Smith indicou que o primeiro hardware com tecnologia Azure Sphere chegará ao mercado no final de 2018, momento em que a empresa fornecerá mais detalhes. 


A notícia reflete uma mudança maior na Microsoft à medida que ela se afasta de negócios legados, como sua franquia Windows, em vez de dobrar para a inovação e novos mercados de crescimento, como IoT, colaboração corporativa e segurança cibernética.
Quando o CEO (CEO) Satya Nadella assumiu o comando em 2014, ele anunciou “A Microsoft ama o Linux”, permitindo o suporte ao Linux na plataforma de nuvem Azure e permitindo que os desenvolvedores integrem o Linux com suas cópias do Windows 10. 


Em março, uma mudança na gestão da Microsoft resultou na saída de um dos líderes da organização Windows da Microsoft da equipe de liderança sênior.
Como resultado, os funcionários do grupo foram divididos em outras equipes. (Consulte também: 
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